sábado, 31 de julho de 2010

Nota Pública de Repúdio do DCE-UFRN


Dia 28 de junho às 13h o DCE da UFRN em conjunto com diversos movimentos sociais realizaram um ato público pelo limite de propriedade de terra e democratização do conhecimento. Iniciamos uma marcha do estando do DCE dentro da CIENTEC, seguimos até a reitoria, passamos no centro de convivência e encerramos na sede do DCE onde tivemos uma mesa de debate. Realizamos um ato pacifico com estudantes e movimentos sociais, em momento algum oferecemos qualquer tipo de ameaça a integridade das pessoas presentes ou do patrimônio público.

Porém, quando estávamos saindo do Centro de Convivência- fomos surpreendidos por policiais da ROCAM que soltaram uma bomba para coibir o movimento. Vimos a público repudiar e denunciar a ação de criminalização, repressão dos movimentos sociais. Não toleraremos posturas que venham a coibir o livre direito de expressão e de pressão para mudança da sociedade, e exigimos que a reitoria tome as devidas providências, uma vez que a UFRN não é jurisdição da polícia militar.

Queremos saber porque a ROCAM e a policia estadual está atuando dentro do campus? Qual é quais os motivos os levaram a soltar uma bomba dentro do campus? Despreparo? Qual a integridade que esses policias estão defendendo? E quais as providências que a reitoria irá tomar sobre o fato ocorrido?

Nosso DCE leva o nome de José Silton Pinheiro assassinado pela ditadura militar por lutar por uma sociedade livre da ditadura, por que sua luta não ter sido em vão, não aceitaremos a omissão nem a repressão. E esperamos que a integridade e o direito a livre expressão sejam garantidos dentro e fora dos muros da UFRN. Contra a criminalização dos movimentos sociais! Dessa Luta Não me Retiro.

Por DCE José Silton Pinheiro UFRN

*Foto meramente ilustrativa

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Arte sem bloqueio: após 50 anos, American Ballet Theater volta a Cuba


La Habana. O American Ballet Theater visitará Cuba em novembro, no que constitui a primeira viagem à ilha em meio século da companhia estadunidense, publicou hoje (sexta, 30/07) o site Cubadebate.

Cubadebate citou uma informação do The Wall Street Journal, que indicou a presença da companhia de 3 a 6 de novembro próximo, no Festival Internacional de La Habana que renderá homenagem a cubana Alicia Alonso, diretora e fundadora do Ballet Nacional de Cuba, que dançou nos últimos 40 anos no American Ballet.

Alonso, que convidou pessoalmente a companhia estadunidense a Cuba, esteve este ano no Metropolitan Opera House de Nova York para celebrar de forma antecipada seus 90 anos, que cumprirá em 21 de dezembro.

O American Ballet Theater esteve em Cuba em 1960, por ocasião de seu vigésimo aniversário.

O anúncio da chegada se produz depois do ocorrido no ano passado à Orquestra Filarmônica de Nova York, que teve de suspender uma visita a Cuba devido à não concessão pelo Departamento de Estado estadunidense dos vistos aos 150 patrocinadores que tinham financiado a apresentação.

O custo da visita do American Ballet Theater, segundo a informação, será coberto pelo orçamento regular da companhia.

Por: Xinhua - La Jornada
Tradução: Katarina Peixoto

*Na foto o primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba Fidel Castro e a bailarina e coreógrafa cubana diretora geral da Ballet Nacional de Cuba Alicia Alonso

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Qual a diferença entre voto em branco e voto nulo?


Na prática, não há mais diferença entre um e outro. Nenhum deles conta na hora de fazer a soma oficial dos votos de cada candidato. Desde 1997, quando houve uma mudança na legislação eleitoral, os votos brancos e nulos passaram a ter significado quase idêntico, ou seja, não ajudam e nem atrapalham a eleição. Como muita gente não sabe disso, a confusão persiste.

O voto nulo ocorre quando o eleitor digita, de propósito, um número errado na urna eletrônica e confirma o voto. Para votar em branco, o eleitor aperta o botão "branco" do aparelho. Antes de existir urna eletrônica, quem quisesse anular o voto rasurava a cédula de papel – tinha gente que escrevia palavrão e até xingava candidatos. Quem desejasse votar branco, simplesmente deixava de preencher os campos da cédula.

As dúvidas sobre esse assunto sobrevivem porque, até 1997, os votos em branco também eram contabilizados para se chegar ao percentual oficial de cada candidato. Na prática, era como se os votos em branco pertencessem a um "candidato virtual". Mas os votos nulos não entravam nessa estatística.

Com a lei 9.504/97, os votos em branco passaram a receber o mesmo tratamento dos votos nulos, ou seja, não são levados em conta. A lei simplificou tudo, pois diz que será considerado eleito o candidato que conseguir maioria absoluta dos votos, "não computados os em brancos e os nulos".

Mas por que então os votos em branco eram contabilizados antes? Há controvérsia sobre isso. Alguns juristas e cientistas políticos sustentam que o voto nulo significa discordar totalmente do sistema político. Já o voto em branco simbolizaria que o eleitor discorda apenas dos candidatos que estão em disputa. Daí, ele vota em branco para que essa discordância entre na estatística. Porém, depois da mudança da lei essa discussão perdeu o sentido, já que tanto faz votar branco ou nulo.

Vale a pena lembrar também que nas últimas eleições tem circulado e-mails que pregam anular o voto como forma de combater a corrupção na política.

Esses textos dizem que se houver mais de 50% de votos nulos e brancos a eleição será cancelada e uma nova eleição terá de ser marcada, com candidatos diferentes dos atuais. Puro engano. Tudo isso não passa de leitura errada da legislação, segundo as mais recentes interpretações do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

fonte yahoo eleições

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Emília destaca situação das mulheres da América Latina


A deputada Emília Fernandes (PT-RS) entregou nesta quarta-feira (14) à Mesa Diretora da Câmara a declaração do Fórum de Organizações Feminista à XI Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe (Cepal). O evento, que discute políticas públicas dos países para a igualdade de gênero vai até esta sexta-feira (16), em Brasília.

"A conferência é de fundamental importância. Está sendo feito um debate, uma reflexão com o olhar do mundo, com a presença de ministras de todos os países e também da sociedade civil organizada sobre que Estado e que igualdade defendemos e queremos para os nossos países", defendeu a deputada Emília Fernandes, em discurso no plenário da Casa.

A deputada destacou ainda que participa do evento não apenas como parlamentar mas, inclusive, como presidenta do Capítulo Brasil do Fórum de Mulheres do Mercosul. Ela explicou a proposta que a sociedade civil organizada, através do Fórum de Organizações Feministas, apresentou no evento. "Os nossos grandes questionamentos são: por que, depois de 15 anos da grande conferência mundial de Beinjing, ainda temos divisão sexual no trabalho? Por que as mulheres continuam ainda com maioria dos postos informais e precários de trabalho? Por que ainda há violência tão forte contra as mulheres, as meninas e as crianças? Por que a maternidade continua representando para as mulheres um risco de vida? e Por que o meio ambiente continua sendo agredido?".

Emília Fernandes citou ainda que no documento, o Fórum de Organizações Feminista reitera aos governos entre outros pontos que o Estado democrático deve garantir justiça social, igualdade étnico-racial e de gênero; deve garantir a proteção aos defensores de direitos humanos; previnir sancionar e erradicar todas as formas de violência contra as mulheres; garantir o acesso das mulheres ao trabalho remunerado com qualidade e pleno respeito dos direitos laborais; reconhecer o valor social e econômico do trabalho doméstico; e o fortalecimento da institucionalidade das políticas para as mulheres.

"Exigimos também dos governos mecanismos efetivos de promoção da participação e acesso aos espaços de poder e decisão de todas as mulheres", concluiu a deputada Emília Fernandes, certa de que, da conferência sairão manifestações que serão orientadoras, não apenas para os governos da América Latina e Caribe, mas para o mundo.

Vânia Rodrigues

13 certezas de que o Brasil vai seguir mudando


1. FIM DA MISÉRIA – Com Lula, 31 milhões de pessoas entraram para a classe média e 24 milhões saíram da pobreza absoluta. Dilma vai aprofundar esse caminho e acabar com a miséria no país.

2. MAIS EMPREGOS – O Brasil nunca gerou tantos empregos como agora. Dilma – que coordenou o PAC e o Minha Casa, Minha Vida, programas que levam obras e empregos a todo o país – é a garantia de que o mercado de trabalho vai continuar crescendo para todos.

3. MAIS REAJUSTES SALARIAIS – Com Lula, o salário mínimo sempre teve reajustes bem acima da inflação e houve aumento da massa salarial em geral. Dilma vai manter e aperfeiçoar essa política que tem ajudado a melhorar a vida de tanta gente.

4. MAIS BOLSA FAMÍLIA – Agora, todos os candidatos falam bem do Bolsa Família, mas o brasileiro sabe: só Dilma garante o fortalecimento desse e de outros programas sociais criados por Lula.

5. MAIS EDUCAÇÃO – Lula criou o ProUni, mais universidades e escolas técnicas do que qualquer outro governo. Dilma vai seguir abrindo as portas da educação para todos. Com ela, não haverá um único município brasileiro, a partir de 40 mil habitantes, que não tenha Escola Técnica.

6. MAIS SAÚDE – Lula ampliou o Saúde da Família, criou o Samu 192, as Farmácias Populares e o Brasil Sorridente. Dilma já garantiu: vai criar 500 Unidades de Pronto Atendimento – as UPAs 24 horas. E 8.600 novas Unidades Básicas de Saúde – as UBS.

7. MAIS SEGURANÇA – Lula está fazendo um investimento inédito na segurança, com o Pronasci, que tem, entre suas prioridades, o policiamento comunitário, a inclusão do jovem e a parceria com a sociedade. Dilma vai ampliar essa ação, usando como modelo as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que estão livrando várias comunidades do Rio de Janeiro do domínio do tráfico.

8. MAIS COMBATE AO CRACK – Dilma vai combater essa praga com autoridade, carinho e apoio. Apoio para impedir que mais jovens caiam nessa armadilha fatal. Carinho para cuidar dos que precisam se libertar do vício. E autoridade para combater e derrotar os traficantes, estejam onde estiverem.

9. MAIS CRECHES – Dilma quer garantir mais tranquilidade para as famílias que trabalham e não têm onde deixar os filhos. Por isso, já assumiu o compromisso de construir 6 mil creches e pré-escolas em todo o país.

10. MAIS MORADIAS POPULARES – Juntos, Lula e Dilma criaram o Minha Casa, Minha Vida, que está realizando o sonho da casa própria de muita gente. Dilma vai ampliar o programa, garantindo mais 2 milhões de moradias populares para quem mais precisa.

11. MAIS APOIO AO CAMPO – Nossos agricultores nunca tiveram tanto apoio para produzir e crescer na vida. Dilma – que criou o Luz para Todos e beneficiou mais de 11 milhões de brasileiros que vivem no campo – é a certeza de que esse trabalho vai seguir em frente, tanto para o agronegócio como para a agricultura familiar.

12. MAIS CRÉDITO – Lula criou o crédito consignado e facilitou o acesso da população a várias linhas de crédito. É por aí que Dilma vai seguir para continuar beneficiando toda a população.

13. MAIS RESPEITO AO BRASIL – Com Lula, o Brasil pagou sua dívida com o FMI e passou a ser um país respeitado em todo o mundo. Dilma quer o Brasil assim: forte, independente e cada vez mais admirado aqui e lá fora.

Aux Bois


CELSO FURTADO SOBRE O CANDIDATO SERRA EM 2002:

'Ele ladra aux bois, quer dizer, a torto e a direito.Enfim, o sujeito está no sufoco e fala qualquer coisa. É o fim de festa', dizia o saudoso economista brasileiro, ao site do PT, em 13-10.

EM 2010 O 'AUX BOIS' SE REPETE: SERRA SAI DO ARMÁRIO E EMITE UIVOS ANTI-SINDICAIS, COMO A UDN EM 1964.

Em evento nesta quarta-feira (14) promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, o candidato do conservadorismo brasileiro atacou os movimentos sindicais. "A CUT era uma entidade sindical anti-pelega até o PT chegar ao governo. Aí, virou uma entidade super-pelega. Aquilo que havia na época do Jango, quando se falava de pelego, não tem nada a ver com o que tem agora. Eles eram aprendizes de pelegos com relação ao que se tem hoje", declarou o candidato demotucano que abriu guerra contra as lideranças dos trabalhadores depois que foi pego de calças curtas pelas entidades sindicais por propaganda eleitoral fraudulenta. Serra dizia que eram seus os projetos de criação do FAT, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-SP), bem como o do seguro-desemprego, instituído pelo governo Sarney.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SBPC: Mosaico Cultural


Lia de Itamaracá

Vestida de versos Azul-Iemanjá, Lia de Itamaracá canta às águas salgadas, cirandas como a do Mestre Baracho: “Eu estava na beira da praia/ Ouvindo as pancadas das ondas do mar”. A artista pernambucana foi convidada para saldar os participantes da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que este ano tem como tema “Ciências do Mar: herança para o futuro”. Sua voz será ouvida no anfiteatro da Praça Cívica do Campus da UFRN, durante a abertura do evento, que acontece no próximo dia 25, às 21h30.

Outro canto de Lia, aquele escrito por Capiba, que diz: “Pra se dançar ciranda/Juntamos mão com mão”, traduz a preocupação do evento. Para formatar a programação cultural da SBPC foi formada uma comissão, que atuou em diversas frentes. A grande preocupação desta comissão foi a inserção da programação, num contexto de diálogo da ciência com a produção cultural.

Com essa perspectiva, todas as ações integrantes da SBPC Cultural foram concebidas em bases sustentáveis, criativas e impulsionadoras da percepção crítica e reflexiva sobre a realidade cultural local e nacional, criando assim interfaces com as novas diretrizes presentes nos grandes debates sobre cultura no Brasil. A programação cultural desta edição contemplará as principais expressões artísticas da cidade, através de projetos de alta relevância para a cultura do estado, fortalecidos pela sua proposta e incentivo, oportunizando através de suas ações um intercâmbio com outras culturas, aproximando diálogos, facilitando o acesso e a visibilidade de todo o conjunto.

Para compor este cenário da cultura Potiguar, estarão de mãos dadas o Projeto Circo da luz, Poticanto, Retrovisor, Festival Dosol, Rock Potiguar, MPBeco, Conexão Felipe Camarão, A Casa do Cordel, Rede Potiguar de Música, Música Potiguar Brasileira da 88,9., Festival Universitário da Canção-SAE, Prêmio Hangar, Prêmio Nubya Lafayette, Projeto Picadeiro, Show das Comunidades, Por do Sol, Projeto Encanto da Vila e o Projeto Buraco da Catita.

A Editora da UFRN estará na roda com o lançamento de livros em um espaço literário com a presença de diversos autores potiguares e a realização de palestras. A Associação da Feira de Sebo também será destaque na programação cultural, que representa os mais antigos sebistas do centro da cidade, expondo obras raras da literatura potiguar entre outros projetos de repercussão no cenário local e nacional.

“Minha ciranda não é minha só/ Ela é de todos nós”

A ciranda vai ser grande. Praticamente todos os pontos da UFRN serão tomados por eventos culturais. Eles estarão distribuídos em nove pólos: Mosaico Cultural (Anfiteatro da Praça Cívica da UFRN); Cenários Culturais (Estacionamento da Reitoria); Labirinto Cultural (Estacionamento da Reitoria); Prosa Poética (Estacionamento da Comunica e Centro de Convivência); Cientec Cultural (Praça Cívica da UFRN, Capela e EMUFRN); Praça Do Choro (Expot&c); Vitrine Cultural (Reitoria); Expot&C Cultural (Estacionamento do Ginásio da UFRN); e DEART (Departamento de Artes).

Cada um destes pólos terá objetivos específicos. O Mosaico Cultural, por exemplo, receberá apresentações artísticas representativas de Natal, assim como de algumas cidades do Nordeste e de outras regiões do Brasil. É neste espaço que nomes como os de Lia de Itamaracá, Zeca Baleiro, Tom Zé, Pedro Mendes, Sueldo Soaress, Isaque Galvão e Rosa de Pedra terão voz e vez.

Já o pólo Cenários Culturais abrigará exposições alusivas a Natal, focando seu passado, presente e ainda uma visão futurista da cidade, a exemplo da exposição “Natal cidade memória” e a exposição “Natal de agora a 50 anos”, baseada na conferência “Natal daqui a 50 anos” realizada em 21 de março de 1909, no Palácio do Governo. Nesse ambiente, haverá espaço para lançamentos de livros, diálogos com autores da UFRN e da cidade.

O Labirinto Cultural segue a sugestão do nome e é constituído em forma de labirinto. Nele os visitantes conhecerão um pouco da cultura potiguar. Constituído por um conjunto de percursos intrincados, o trajeto vai orientar os participantes a conhecer um pouco da cultura local, sua diversidade, sua tradição e contemporaneidade. O espaço contará com uma mostra diária de vídeos produzidos no Rio Grande do Norte e com um palco onde ocorrerão apresentações culturais das mais variadas linguagens artísticas. Música, dança, teatro, circo, poesia, folclore, cinema, artes visuais, literatura, patrimônio material e imaterial. Tudo em um só lugar.

O pólo Prosa Poética será um espaço propício ao diálogo entre saberes da tradição e saberes acadêmicos. Nela estarão mestres da cultura popular, como Mestre Severino, docentes da UFRN e da rede básica de ensino, bem como outros convidados que, de modo individual e ao mesmo tempo coletivo, ajudarão a compor um diálogo entre esses saberes e realizarão apresentações de seus grupos.

O Pólo Cientec Cultural é constituído de diversos espaços onde serão realizadas as Mostras de Dança e Corais, envolvendo a Capela, Escola da Música, Circo da Luz e corredores culturais da Cientec. Integra esse espaço a Casa do Cordel, Ações Sociais com a participação de ONGs, que receberão doações do público em geral, oficinas diversas e exposições. Ainda no Pólo Cientec Cultural haverá um Simpósio Sobre a Economia da Cultura.

A Praça do Choro Será palco de um dos principais projetos culturais de Natal, o “Buraco da Catita”, que surgiu de uma reunião de amigos aficionados por samba e chorinho e hoje é um dos programas alternativos mais visados da cidade. Nele estarão o “Choro da Lua”, “Catita Choro e Gafieira” e “Roda de Samba”.

No pólo Vitrine Cultural acontecerá intervenção artística, que integra cultura e moda. Já na Expot&c Cultural está prevista a inserção de apresentações culturais com artistas, músicos, grupos e stand da Associação da Feira de Sebo do Beco da Lama dirigida a expositores e autoridades do país.

O DEART receberá Encenações teatrais e oficinas de dança, que comporão mais um dos espaços de apreciação, vivência e reflexão das Artes Cênicas na SBPC cultural.

Repórter: Maria Betânia Monteiro

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Preparando futuros leitores de Veja


O Grupo Abril, através do seu braço educacional, comprou o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a Siga, especializada na preparação para concursos públicos. O negócio cria a segunda maior rede de ensino do país. O grupo Abril já controla as editoras Ática e Scipione, além do sistema de ensino SER, que tem 350 escolas associadas. Com a aquisição do Anglo, acrescenta mais 500 instituições de ensino ao seu guarda-chuva. Um dos negócios mais rentáveis do grupo Abril é vender publicações didáticas --ou não-- a secretarias estaduais de ensino, sobretudo aquelas administradas por gestões tucanas, como é o caso da de São Paulo, sob o comando do ex-ministro da educação e centurião de Serra, Paulo Renato.

Saneamento Ambiental do Natal


Companheiros, o Mandato do Deputado Fernando Mineiro, o SINDÁGUA, o Movimento Sindical e o Movimento Popular, convida-os a se fazerem presentes ao ato de protesto e de denúncia, contra a tentativa da Prefeitura de Natal de retirar, da CAERN, a concessão para prestação dos serviços de Abastecimento de água e esgotamento sanitário da Zona Norte. Todo o movimento da Prefeitura do Natal é para conceder esses serviços à iniciativa privada. Diante dessa tentativa, o Movimento Sindical e Popular, os Mandatos do Deputado Mineiro e do Vereador George Câmara, organiza um Ato de protesto, defronte ao Escritório Central da CAERN ( Av. Hermes da Fonseca, ao lado do HWG), às 8h do dia 15/07. Após o Ato de protesto, os trabalhadores e parlamentares deslocarão-se à Câmara Municipal do Natal para entregar um manifesto aos Vereadores. Pois, o Legislativo Municipal é quem deverá autorizar uma mudança de concessão de serviços públicos.

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO AMBIENTAL!

Emanoel Alcoforado
Assessoria do Deputado Fernando Mineiro

Imagem Patacada

SEMINÁRIO SOBRE AS ELEIÇÕES 2010


A PROEX, por intermédio da ESCOLA DE GOVERNO E GESTÃO SOCIAL (PROGRAMA INSTITUCIONAL), em parceria com a PPG, a PROPESQ, a COMUNICA, a ADURN, e a provável participação do Jornal TRIBUNA DO NORTE, estará promovendo um Seminário sobre as ELEIÇÕES 2010 em que estaremos discutindo a contribuição da UFRN na análise da realidade social e política do nosso estado e das proposições que temos a oferecer ao debate programática no campo das políticas públicas.
A idéia inicial é que possamos ter, na fase prévia ao seminário, uma abordagem jornalística seqüencial das diversas políticas públicas, com entrevistas ou artigos opinativos de especialistas da UFRN, que criaria a motivação para o Seminário que ocorreria em 03 dias seguidos, culminando com um DEBATE na TVU entre os candidatos ao governo, que seriam inquiridos em tornos das proposições que elaborássemos.
Em função da premência em definirmos uma posição institucional para discussão com a direção da TRIBUNA DO NORTE, convidamos as Unidades e os Programas e Grupos de Pesquisa interessados em participar e se integrar à organização do Seminário para discutirmos a idéia e a formulação do programa do Seminário.
A reunião inicial ocorrerá na próxima terça-feira, dia 13/07, às 15 horas, na sala de reuniões da PROEX.
Contamos com a participação de todos para a viabilização dessa importante iniciativa.

Atenciosamente,

Prof. Cipriano Maia de Vasconcelos
Pró-Reitor de Extensão

domingo, 11 de julho de 2010

A burocracia segundo Hannah Arendt

•Mostrar como essas ideias foram colocadas na África do Sul – Aparthaide
•Pessoas comuns que, por meio de uma ideologia racialista, vão tornar comum o racismo na sociedade que eles têm contato. Vão permitir a ascensão das doutrinas totalitárias.
•É nesse contexto que vai se explicar a cruel exploaração do Congo.
•Os Boers são pessoas sem interesses nacionais, sem valores humanitários, não dependem do trabalho intelectual, não se ficção em lugar nenhum, nômades que andam pelo território africano, e distroem todos aqueles povos que encontram. Para ela, eles exemplificam os racistas.
•As ideologias do século XX têm essa origem comum, o fim mesmo com um custo horrendo.
•Temos que entender o Imperialismo, caso contrário não entenderemos o mundo contemporâneo.

fonte Origens do Imperialismo de Hannah Arendt

O Racialismo segundo Hannah Arendt

O Nazismo e a utilização política do racismo.

•Ainda em meados do século XIX o racismo era ainda julgado pelo critério da razão política. A ideologia racista, com raízes profundas no século XVIII, emergiu simultaneamente em todos os países ocidentais no século XIX e reforçou a ideologia da política imperialista.

•Ela coloca o racismo como ideologia: “toda ideologia que se preza é criada, mantida e aperfeiçoada como arma política e não como doutrina teórica. Resulta da necessidade de proporcionar argumentos aparentemente coesos, e assume características reais, porque seu poder persuatório fascina a todos, atraídos pela possibilidade de pregar à multidão as novas interpretações da vida e do mundo”. Enquanto ideologia, serve às massas contaminadas pelo imperialismo. Ideologia é uma arma de um grupo de indivíduos que querem conquistar seus objetivos. Serve para mostrar afinidade. Juntar as massas. Não é apenas doutrina política. É capaz de criar ciência através de paradigmas falsos.

•Racismo é um fenômeno a-nacional e tende a destruir a estrutura política da nação. “A verdade é que as ideologias racistas ingressaram no palco da política ativa no momento em que os povos europeus já haviam preparado o novo corpo político da nação, e negou a existência político-nacional como tal. Os racistas, embora assumissem posições ultranacionalistas, negaram o princípio sobre o qual se constroem as organizações nacionais de povos: o princípio da igualdade e solidariedade de todos os povos, garantido pela ideia de humanidade.

•A Revolução Francesa, os estrangeiros e a ideia de fraternidade (Herder) / Teses de que as sociedades selvagens eram restos de antigas sociedades (Schelling).

•As origens das doutrinas racialistas: o Conde de Boulanvilliers e a história dupla da nação francesa (1732). O direito de conquista dos germânicos sobre os gauleses – um dado histórico. Importância dos escritos de Boulanvilliers após a Revolução Francesa.

•Pensamento racial alemão surge como parte do esforço de unir o povo para resistir ao estrangeiro, tornou difícil distinguir o racismo do nacionalismo em seus estágios iniciais. Na falta de um contexto histórico e lingüístico comum exorta-se um parentesco de sangue, mas somente a partir de 1814. No entanto, defendia-se o princípio da igualdade dos povos. Personalidade inata e origem tribal comum.

•Gobineau e o Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1853). Procura de uma força única, uma razão que rege as civilizações em sua ascensão e declínio, unindo a História e a Ciência. A queda da civilização se deve a degenerescência da raça. Propunha uma raça de príncipes que corriam o risco de serem engolfados, através do sistema democrático, pelas raças inferiores. Reformou a ideia de personalidade inata – permitindo a defesa da ideia de uma aristocracia natural, possível de ser encontrada em todo homem excepcional. O patriotismo e a lei passaram a ser definidos como valores fictícios e nominais.

•O surgimento das doutrinas naturalistas na Inglaterra: o poligenismo, o darwinismo, a luta pela existência, a sobrevivência dos mais aptos.

•Disraeli e o emprego das teorias raciais na política externa a partir do Imperialismo: a superioridade racial e a evolução da Inglaterra.

•Conceito de raça meche com a cultura do mundo inteiro. Conceito relativamente novo.
•A ideia de raça aparece no século XIX, expandindo-se no século XX.

•É um erro dizer que racismo e nacionalismo são a mesma coisa (contrários).
•Racismo é uma invensão. Uma arma dos conservadores.

•Imperialismo – movimento do século XIX

•Hannah costura o século XIX a partir de uma interpretação que junta vários fatores, explicando não só o Imperialismo, mas também o contexto da época. Exemplo, o problema do nazismo, do racismo. Consegue mostrar a partir de uma abordagem coerente, os fatores que fizeram parte da formação do homem do século XX.

fonte Origens do Imperialismo de Hannah Arendt

A ascensão da burguesia segundo Hannah Arendt

Recorte histórico do Imperialismo para Hannah: 1884 – 1947:
•Surgido do colonialismo
•Gerado pela incompatibilidade do sistema de Estados nacionais com o desenvolvimento econômico e industrial do último terço do XIX.
•Diferença em relação à formação de impérios no estilo clássico quanto das conquistas por expansão de fronteiras.
•Transferência dos conflitos europeus para a África e Ásia.

A emancipação política da burguesia:
•Estado diferente de burguesia.
•Estado-Nação não se prestava como estrutura para maior crescimento da burguesia.
•Imperialismo versus Estado-Nação e a entrada da burguesia na política.
•A expansão como objetivo permanente e supremo da política é a ideia central do imperialismo.
•O imperialismo surgiu quando a classe detentora da produção capitalista rejeitou as fronteiras nacionais como barreira à expansão econômica.
•Estado-Nação como paradoxo do imperialismo.

Poder e a burguesia:
•A exportação de capital por conta da busca de lucros fora do mercado doméstico.
•O imperialismo deve ser considerado o primeiro estágio do domínio político da burguesia e não o último estágio do capitalismo.
•A introdução do pensamento político do imperialismo que enfatizava o progresso pelo recurso à ideia do acúmulo ilimitado de poder e de riqueza.

A Aliança entre a ralé e o capital:
•Rascismo como elemento para unificação do povo à base da ralé (governo sobre raças inferiores).

fonte Origens do Imperialismo de Hannah Arendt

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Joseph Schumpeter, A sociologia dos imperialismos, 1918

•Salienta-se a tradição guerreira das nações imperialistas e a incapacidade dessas castas em se adaptarem ao seu declínio e a sua nova posição.
•Schumpeter definiu o imperialismo como “a disposição sem objetivo, por parte de um Estado, para a expansão ilimitada pela força”. Não dá para entender Imperialismo sem entender que ele está ligado ao contexto de nação.

Interpretações Econômicas do Imperialismo

Sismond / Rodbertus e a Doutrina da tendência dominante da taxa de lucro sobre capital
•A produção seria maior que o consumo por causa da má remuneração dos trabalhadores.
•O sistema capitalista sempre vai tender a produzir mais do que os consumidores são capazes de lidar.
•Diminuição do salário dos trabalhadores.
•Vai haver sempre super-produção. A crise é causada pelo fato dos trabalhadores não conseguirem consumir os produtos fabricados. Sendo necessário a obtenção de novos mercados. Os mercados deveriam ser conquistados.
•Explicar o porquê de lugares distantes estarem sendo conquistados.
•Teóricos Liberais

Karl Marx e a Composição orgânica decrescente do capital
•O reinvestimento crescente em tecnologia de produção (capital físico) levaria à diminuição do trabalho e, portanto, do lucro (mais-valia).
•Teóricos da esquerda
•Conjunto de explicações que tenta explicar o econômico pela tese da “Composição orgânica decrescente do capital”.
•O capitalismo a partir da Revolução Industrial tem uma tendência de melhoramento da tecnologia de produção.
•Se você investe em melhores máquinas para aumentar e melhorar a produção, isso vai diminuir a necessidade de mão-de-obra. Diminuindo a remuneração.
•O capitalismo se expandiria para fora da Europa. Investimentos na África, Ásia. Construção de ferrovias.

John Hobson – Imperialismo, 1900.
•A ideia do desajustamento capitalista: o problema do subconsumo: as potências capitalistas teriam sido impelidas a tornar-se potências imperialistas devido à tendência para a poupança excessiva e a superprodução. O problema crucial era um excedente de capital sem aplicação, logo o Imperialismo era uma disputa global em busca de se monopolizarem mercados para a exportação de capital.
•Teórico Liberal.
•Ele vai resgatar as teorias anteriores, colocando no contexto histórico.
•O capitalismo produzia em si mesmo as condições para produzir. Agora tinha que se tornar imperialista, devido a super-produção.

Rosa Luxemburgo, A acumulação de Capital, 1912.
•Entendia que o Imperialismo consistia em fazer, através do controle, as economias não-capitalistas negociarem em condições desvantajosas.
•Marxista Alemã
•Procura entender o Imperialismo a partir de outras influências que não só o econômico.
•Ação das potências imperialistas contras as não imperialistas.

Rudolf Hilferdin, O Capital Financeiro, 1910.
•Salienta o papel dominante do mercado financeiro no novo capitalismo (um capitalismo financeiro), e que este não fora previsto por Marx. Com o declínio dos lucros no continente este tendia a procurar no exterior novas oportunidades.
•Social-democrata.
•Marx não tinha conseguido compreender o fenômeno porque não havia vivido o período.

Lênin, O Imperialismo, fase superior do Capitalismo, 1916.
•O Imperialismo e a Guerra como um estágio necessário do Capitalismo.
•O imperialismo tinha haver com as novas condições. Tendo haver com o capitalismo financeiro.
•O novo capitalismo necessita de grandes empréstimos. Atividades relacionadas às finanças. Valorização dos bancos. O capitalismo se tornou presa das transações financeiras.
•Capitalismo é selvagem. Atuação dos grandes grupos financeiros. Não temos os Estados para controlá-lo. Final do século XIX e início do XX.
•O imperialismo seria uma espécie de um super-capitalismo. Fase superior do capitalismo. A partir de 1880.
•Fase monopolista do capitalismo – imperialismo.
•Fusão do capital comercial com o industrial.
•Lênin focava na natureza do sistema capitalista.
•Exportação de capitais.
•A partilha do mundo entre as grandes potências – traço característico. Essa partilha nunca está finalizada. Sempre em constante tensão.
•Primeira e Segunda Guerra se explicam a partir desse fato.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O SIGNIFICADO DO IMPERIALISMO:

I. A partir de 1830: geralmente associado às idéias poder ditatorial, Governo fortemente centralizado e métodos despóticos de administração. Foi usada inicialmente como rótulo para as ideias dos partidários do antigo império napoleônico.

II. A partir de 1870: começou-se a descrever a política de fortalecimento e expansão do império colonial britânico como imperialismo. Novo imperialismo - constitui-se enquanto reservado às potências marítimas e não é aplicado, por exemplo, aos Estados Unidos e à Rússia que se expandiam sobre áreas contíguas. Mais ou menos no final do século seu significado era relativamente claro: equivalia a colonialismo – o estabelecimento e a extensão da soberania política de uma nação sobre povos e territórios estrangeiros. Percebemos o declínio do velho imperialismo a partir de 1776, impulsionado pelas ideias do livre comércio expressadas por Adam Smith. O novo imperialismo foi um processo de rápido desenvolvimento a partir de 1870 que consistia na dominação direta sobre o território e que caracterizou uma ruptura histórica. Momento novo do capitalismo.

III. A partir do século XX passa-se a dar maior ênfase às forças e motivações econômicas e de domínio de mercados, fontes de abastecimento e oportunidades de investimentos. Passa a ser visto pelos críticos como algo novo. Pelos críticos de esquerda como algo negativo. Inicia-se com a Revolução Industrial. Ênfase na economia e mercado.

IV. A partir do pós-Segunda Guerra: com a descolonização e o desaparecimento gradual dos impérios, a palavra imperialismo passa a pôr em relevo o aspecto econômico por excelência, passando a designar o complexo de relações econômicas, políticas e militares por meio do qual os países economicamente menos desenvolvidos são subjugados por países economicamente mais desenvolvidos. Caracteriza-se por uma assimetria: a relação de um país mais desenvolvido em relação à outro menos desenvolvido. O processo imperialista baseado no esquema Estado-Nação retroage após a Primeira Guerra e se extingue com o fim da Segunda Guerra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

GALEANO, Eduardo. “AS VEIAS ABERTAS DA AMERICA LATINA”

No texto, Eduardo Galeano tenta explicar o que estimulou o frenesi espanhol na conquista do Novo Mundo. Inicialmente motivados pelo rombo no tesouro real espanhol, a coroa embarcou para as Américas com o intuito de achar ouro e prata. Este ímpeto foi abençoado pela Igreja, que comparou a investida com as cruzadas medievais, aonde o nome de Deus deveria ser propagado para os infiéis.
Apesar da Igreja ter abençoado as expedições, havia uma discordância de como os nativos deveriam ser tratados. Após a decisão, com apoio do Papa, foi-se estabelecido que a conversão por meio da catequese seria obrigatória, tendo como punição a escravidão para os que se negassem a aceitar o cristianismo como nova religião, o que também agradava a coroa espanhola pois a mão-de-obra escrava seria de grande serventia.
Ao final da investida ibérica na América, a fé cristã estava associada a pilhagem e exploração dos nativos americanos. Essas pilhagens eram frequentes pelo fato do custeio das expedições, que era bancado pelos próprios conquistadores, trazendo assim somente lucro para a coroa.
A abundância de metais e pedras preciosas era tanta no Novo Mundo que o autor conta que o famoso conquistador Francisco Pizarro, antes de mandar matar o chefe inca Antahuípa, mandou-o construir um aposento repleto de tais riquezas. Os nativos caribenhos que sofriam com tal riqueza, pois eram obrigados a se sujeitarem a trabalhos extremamente pesados e que muitas vezes levavam a morte.
A disparidade bélica entre os nativos e os espanhóis era tanta que a resistencia dos mesmos não causou muito transtorno aos consquistadores. Esta técnologia bélica nunca antes vista pelos povos mesoamerianos deram aos espanhóis uma conotação divina, pois não sabiam explicar de outra forma tal técnologia.
Além da superioridade armamentícia espanhola os indígenas ainda sofriam com a ilusão de que os espanhóis vinham junto com um deus, que estava retornando para se vingar (Quetzalcóalt para os astecas).
Como se não bastasse a mitologia contra os indígenas mesoamericanos ainda havia o que pode ser considerado como guerra biológica. A sociedade indígena não era imune aos vírus e bactérias europeus, portanto a mortalidade por causa deste encontro foi muito elevada. O mesmo vírus que mataria rapidamente um indígena nada causaria a um europeu, pois este já havia desesnvolvido anti-corpos naturais.
As cidades mais ricas do Novo Mundo chegaram a ficar tão populosas, por juntar caçadores de tesouros, que chegavam a ultrapassar muitas das maiores cidades européias. Um bom exemplo para tal fato é a cidade de Potosi, Bolívia, que detinha riquezas além do comum.

RIBEIRO, Darcy. “A América Latina existe?”

No fragmento do texto de Darcy Ribeiro entitulado “A América Latina existe?” é bem enfático inicialmente na questão da enorme diversidade étnica e racial existente na diferentes nações e povos que habitam a América Latina e mediante a esta vasta diversidade já é colocada a questão da funcionalidade nominal existente aqui.
A primeira abordagem feita pelo autor para justificar o seu questionamento, é o plano geográfico que, apesar de estar de estar junto, não se mostra unificado. Ribeiro afirma que a estrutura sócio-política latino americana históricamente só manteve o vinculo de unidade com a metrópole, deixando de lado a “nacionalidade” de cada região.
Outro ponto de desunião traçada pelo autor é a variedade cultural encontrada por todo território latino americano. Esta diversidade cultural é justificada por muitos fatores, sendo a a variedade linguistica o argumento predominante e focando também na interferencia de diversos povos europeus em distintas regiões, modificando assim a cultura local.
A divesidade étnica encontrada nas regiões latinos americanas é colcado como um fator a diferenciar estas culturas. Países onde a cultural indígena é predominantemente forte, pelo tipo de colonização empregado, vem a mostrar em sua sociedade a caracteristica genética e cultural deste povo. Outros países onde a misigenação foi mais forte, é predominante a modificação cultural em maior escala, fazendo uma fusão com a cultura européia e africana.
Uma discução levantada pelo autor é a estratificação social, geralmente fruto da misigenação, tanto indígena quanto africana. O autor discorre sobre o fato da presença da cor negra (fruto da misigenação africana) e parda (fruto da misigenação indígena) na maioria das classes menos abastadas da nossa sociedade. Neste ponto é traçado uma comparação com o preconceito racial presente na América do Norte, aonde a diferença sócio-racial presente na sociedade é tratada como questão de origens de tais etnias.
A diferenciação entre a América anglo-saxa (América do Norte) e a América ibérica (América Latina) não para somente na questão racial. Na visão de Darcy Ribeiro, a um pensamento fixado com o passar dos anos de que a América que sofreu a colonização ibérica é composta por povos atrasados e subdesenvolvidos, explicando assim a diferença econômica entre os dois.
O fragmento textual é finalizado colocando a idéia de que o processo hitórico latino americano vem provocando uma unificação entre esses povos. Com a revolução mercantil é iniciada um busca pela expansão territorial e cultural provocando um crescimento da homogeinidade latina.

FUENTES, Carlos. Vida e morte do mundo indígena

O fragmento do texto de Carlos Fuentes trata de elaborar um histórico das sociedades mesoamericanas baseado na mitologia destes povos. Na cultura asteca o homem foi criado pelo deus Quetzalcóalt, a serpente emplumada, que também é responsável pela criação da agricultura, fonte principal de sobrevivencia das culturas meso-americanas e portanto sempre ritualizada de acordo com sua mitologia.
Quetzalcóalt além de ser o criador do homem e da agricultura, também era representado de natureza boa e de muita simpatia para com os humanos. Este seria o único deus de pele branca, fato que mais tarde ajudaria muito na conquista de espanhola no Império Asteca pelos espanhóis. Este fato se deu pois na mitologia, Quetzalcóalt havia saido daquelas terras com a promessa de retorno, e com a chegada espanhola Cortez foi confundido com o deus, e assim supostamente estaria cumprida a professia e o deus estaria regressando a sua casa.
Na mitologia mesoamericana a morte detinha um lugar de honra. Os sacrifícios humanos eram o ponto central da sociedade em que acreditava na necessidade de sangue para que o Sol voltasse a nascer (nesta cultura acreditava-se que o Sol morria e renascia todos os dias).
Apesar de normalmente só se descutir sobre os Impérios Maias e Astecas, segundo o autor estas foram somente as ultimas antes do contato com os espanhóis. Os Astecas eram um conjunto de sociedades guerreiras que se submetiam ao controle de uma, os mexicas.
A relação do homem com a natureza era uma constante preocupação das sociedades mesoamericanas que acreditavam que deviam temer e respeitar a ela. Se acreditava que o poder e a liberdade dos homens só se era adquirida quando estes aprendiam a evitar o caos, e por meio da vida beligerante dos sacrifícios por eles efetuados constantemente, a ordem era assegurada, e consequentemente seu poder e liberdade eram mais amplos.
A sociedade tolteca exerceu forte influencia na cultura asteca, e o grande exemplo disso é o deus Huitzilopochtli, representado por uma águia, que sobrepuja o deus criador da raça humana Quetzalcóalt. Essa vitória mitológica gerou uma dualidade na vida deste povo pois, enquanto Huitzilopochtli incentivava a guerra e conquista de outros povos, Quetzalcóalt era focado mais para a paz, a cultura e a bondade.
Essa dualidade penetrou no âmago da sociedade asteca, fazendo com que se formasse um povo com muita ênfase militar, mas também ligada a um amor quase maternal a sua terra, a sua comida e ao seu cotidiano.
Fuentes ao falar da investida espanhola sobre o império de Montezuma destaca a importância indescutível da indígena Malinche, que foi oferecida como escrava a Cortez que a tornou sua mulher e conselheira. Malinche é apontada como um dos trunfos de Cortez pelo conhecimento que ela detinha de toda cultura asteca, tanto mitologica quanto linguísticamente.
Fora Malinche e Quetzalcóalt, Cortez ainda contou com o descontentamento de povos que foram subjulgados pelos astecas e que eram forçados a pagar impostos e fazer oferendas humanas para o sacrifício ao Sol.
Após a chegada dos espanhóis a capital do império, Tenochtitlan, Montezuma ofereceu ouro para Cortez deixar o seu império. Montezuma foi sequestrado, e sua calmaria e quietude indignaram o povo asteca que acabou se voltando contra o seu imperador, que já não era mais considerado um deus encarnado.
Por estas coleção de fatores, Fuentes aponta os indígenas como se tivessem sidos derrotados por eles mesmos, por sua cultura e por sua mitologia. Mas indica que a cultura asteca ainda permanece enraizada no povo mexicano. O sentimento de pertencer a sociedade asteca ainda permeia esta sociedade, assim como alguns de seus hábitos.