quarta-feira, 7 de julho de 2010

GALEANO, Eduardo. “AS VEIAS ABERTAS DA AMERICA LATINA”

No texto, Eduardo Galeano tenta explicar o que estimulou o frenesi espanhol na conquista do Novo Mundo. Inicialmente motivados pelo rombo no tesouro real espanhol, a coroa embarcou para as Américas com o intuito de achar ouro e prata. Este ímpeto foi abençoado pela Igreja, que comparou a investida com as cruzadas medievais, aonde o nome de Deus deveria ser propagado para os infiéis.
Apesar da Igreja ter abençoado as expedições, havia uma discordância de como os nativos deveriam ser tratados. Após a decisão, com apoio do Papa, foi-se estabelecido que a conversão por meio da catequese seria obrigatória, tendo como punição a escravidão para os que se negassem a aceitar o cristianismo como nova religião, o que também agradava a coroa espanhola pois a mão-de-obra escrava seria de grande serventia.
Ao final da investida ibérica na América, a fé cristã estava associada a pilhagem e exploração dos nativos americanos. Essas pilhagens eram frequentes pelo fato do custeio das expedições, que era bancado pelos próprios conquistadores, trazendo assim somente lucro para a coroa.
A abundância de metais e pedras preciosas era tanta no Novo Mundo que o autor conta que o famoso conquistador Francisco Pizarro, antes de mandar matar o chefe inca Antahuípa, mandou-o construir um aposento repleto de tais riquezas. Os nativos caribenhos que sofriam com tal riqueza, pois eram obrigados a se sujeitarem a trabalhos extremamente pesados e que muitas vezes levavam a morte.
A disparidade bélica entre os nativos e os espanhóis era tanta que a resistencia dos mesmos não causou muito transtorno aos consquistadores. Esta técnologia bélica nunca antes vista pelos povos mesoamerianos deram aos espanhóis uma conotação divina, pois não sabiam explicar de outra forma tal técnologia.
Além da superioridade armamentícia espanhola os indígenas ainda sofriam com a ilusão de que os espanhóis vinham junto com um deus, que estava retornando para se vingar (Quetzalcóalt para os astecas).
Como se não bastasse a mitologia contra os indígenas mesoamericanos ainda havia o que pode ser considerado como guerra biológica. A sociedade indígena não era imune aos vírus e bactérias europeus, portanto a mortalidade por causa deste encontro foi muito elevada. O mesmo vírus que mataria rapidamente um indígena nada causaria a um europeu, pois este já havia desesnvolvido anti-corpos naturais.
As cidades mais ricas do Novo Mundo chegaram a ficar tão populosas, por juntar caçadores de tesouros, que chegavam a ultrapassar muitas das maiores cidades européias. Um bom exemplo para tal fato é a cidade de Potosi, Bolívia, que detinha riquezas além do comum.

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